quinta-feira, 24 de julho de 2014

Repeteco: Muita atenção para este relato

 Preservando o nome real da vítima, vou chamá-la de Maria. Conheço Maria há pelo menos 3 anos. Trabalhadora, inteligente e muito esclarecida. É profissional preparadora de equinos de esporte, no caso prepara animais para salto.

Maria tem 36 anos e reside em uma propriedade rural muito bem estruturada. Casa boa, com conforto, jardim no entorno e muita área verde.

No dia 13 de julho último, Maria acordou às  2h30, com a mão direita muito inchada e avermelhada. No momento não sentia dor. Perto da 11h00 do mesmo dia, além do inchaço e vermelhidão a dor começou a incomodá-la. Um funcionário da fazenda, a levou a um pronto-socorro, próximo das 12h00.

Chegando ao PS os médicos fizeram todos os protocolos de emergencia, porém sem saber até o momento o que havia acontecido na mão de Maria.

No dia seguinte, dia 14 de julho, foi a um hospital, pois a dor havia piorado, o inchaço não havia sumido e o vermelhidão continuava. Nesse hospital fez uma bateria de exames.

O primeiro diagnóstico foi de que uma bactéria havia se alojado na corrente sanguínea de Maria, mais precisamente em sua mão direita. Foi receitado antibiótico à Maria.

No dia 15 de julho, Maria voltou ao hospital com a mão inchada, com vermelhidão, porém sem dor(provavelmente pela dose de antibióticos que estava tomando). Nesse mesmo dia, a ponta do dedo indicador apresentava sinais de necrose. Por esse motivo, Maria ficou internada até o dia 17 de julho em observação sob rígidos cuidados médicos. Maria foi atendida também por médico vascular no dia 17. Nesse dia foi liberada.

No dia 22 de julho, a ponta do dedo começou a "secar"(necrosar por completo).

No dia 27 de julho, além da necrose na ponta do dedo indicador da mão direita, havia uma forte infecção, pois havia pus. O dedo médio apresentava coloração avermelhada.

No dia 28, foi internada e realizada a primeira cirurgia e a amputação da falange do dedo indicador(ponta do dedo com necrose).

No dia 5 de agosto, foi feito enxerto de pele no dedo médio, pois parte dele havia sinais de necrose. O enxerto serviu também para o dedo indicador. A pele foi retirada do pulso do mesmo braço direito.

Diagnóstico: Maria foi picada por uma Aranha Marron ou Armadeira(como é conhecida). Maria entrou em contato com o Instituto Butantã e até mesmo com um especialista que apresenta casos de animais em um programa de grande audiência na TV. A resposta que deram a Maria, foi que realmente essa Aranha é muito perigosa devido ao seu potente veneno.
Maria disse ao Blog do Ronco que ficou muito satisfeita com o atendimento médico e que está convicta que fizeram o que estava ao alcance dos profissionais.

Este relato tem o objetivo de alertar a todos sobre o perigo dessa Aranha Armadeira, que é comum  encontrarmos. Pelo seu tamanho, julgamos que seja inofensiva, quando na realidade é altamente perigosa. Que sirva de alerta a todos.

Maria está iniciando fisioterapia. No momento não  tem os movimentos completos na mão direita.

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