quinta-feira, 1 de junho de 2017

Santa Casa de Ribeirão Bonito - A população exige solução

A maior prejudica com a falta de solução, é sem dúvida, a população
Santa Casa de Ribeirão Bonito

Sergio Ronco 
Minha opinião após acompanhar diversas reuniões na Santa Casa de Ribeirão Bonito e a última delas foi em Audiência Pública na Câmara Municipal, oportunidade ímpar, e aqui o meu reconhecimento ao vereador Eraldo Chiavoloni(DEM) de ter tido a ideia de reunir pessoas que estão intimamente ligas à Saúde da cidade.

As Santas Casas não sobreviveriam não fosse o esforço de voluntários que doam parte do tempo na administração dessas entidades. Mesmo tendo convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), de onde recebem repasses para pagamento para o atendimento médico-hospitalar direcionado aos seus usuários, os valores são ínfimos cabendo às entidades um esforço administrativo e com o máximo de eficiência para que os prejuízos não sejam contabilizados.

Na grande maioria dos municípios, as prefeituras são os maiores colaboradores com recursos públicos. Ribeirão Bonito não é diferente, e sempre teve o apoio municipal.

Se formos voltar ao passado rapidamente, teremos a imagem de uma Santa Casa em frangalhos, até que a diretoria da época pediu socorro à Amarribo para que ajudasse a entidade que estava prestes a fechar as portas, com dividas impagáveis com fornecedores, salários atrasados dos funcionários e prédio em péssimas condições de funcionamento.

A Amarribo aceitou o desafio, elegeu uma diretoria formada por pessoas íntegras e dispostas, com a ajuda da população, de empresários, de funcionários da saúde, de médicos, do governo do Estado e do Federal, foi possível levantar a Santa Casa e colocá-la como um modelo para região. Quando a "casa" estava em ordem, a Amarribo devolveu para a prefeitura e o corpo administrador do hospital.

A foto do garoto Kauê(ao lado) foi batida pelo fotógrafo da Revista "Isto É" que esteve em Ribeirão Bonito para registrar a reabertura do Hospital da Santa Casa de Ribeirão Bonito após 1 ano de funcionamento. Marina Monteiro dos Santos, mãe de Kauê  ficou muito feliz pelo nascimento do filho em Ribeirão Bonito. Não seria possível o nascimento do garoto na cidade, não fosse a importante colaboração da Amarribo e do povo de Ribeirão Bonito. A partir de então, a Santa Casa sempre foi motivo de elogios e orgulho para os  cidadãos que residem em Ribeirão. 

O cargo de provedor é voluntário, motivo pelo qual não se pode cobrar absolutamente nada a não ser a boa vontade de quem se propõe a ajudar. Condição essa diferente se fosse na iniciativa privada, ou seja, não funciona, então troca!  A minha visão é de que todos que passaram pelo cargo de provedor, deram sua cota-parte de sacrifícios, uns mais, outros menos. Aqui quero em nome do Zé Batistini e do Toninho Galhardo(foto) e ao médico Marcos Baldavira, cumprimentar a todos que ajudaram a entidade e continuam ajudando.

Como uma entidade particular, a irmandade deveria ser profissionalizada como na iniciativa privada. Pessoas preparadas para cada cargo, desde a provedoria até o cargo de diretor e administrador hospitalar. Sabemos que para essa estrutura, haveria a necessidade de recursos que suportassem o investimento. Como não é o caso, dificilmente a Santa Casa terá uma condição do gênero, a saída é contar com pessoas dispostas a doar tempo para os inúmeros problemas que aparacem, até mesmo os judiciais.

Aos trancos e barrancos a entidade veio suportando as despesas, sempre com a parceria da prefeitura, mesmo porque a entidade sempre foi usada para pagar uma boa parte dos profissionais da saúde. Em 2012, após a reforma administrativa, criou-se  uma Organização Social - O.S, para suportar os repasses da prefeitura para pagamento dos PSFs, Pronto Socorro e Especialidades Médicas.

Atualmente estamos assistindo a um empasse entre Santa Casa e Prefeitura na discussão do tal Contrato de Gestão. De um lado o provedor diz que não está sendo cumprido e de outro o prefeito diz que sim. Quem tem razão? Como sair dessa situação? Como fazer com que haja uma solução para o caso, sem que a entidade entre no "prejuízo" e consequentemente a população? Essas e outras peguntas ainda estão orbitando a entidade.

Talvez a melhor oportunidade de resolver a situação tenha sido perdida quando o vereador Eraldo Chiavoloni teve a iniciativa da Audiência Pública, realizada na última terça(30). Digo isso porque sai da reunião com a sensação de que muito se falou e nada foi resolvido. Os dias passam rapidamente e em julho, o Contrato de Gestão termina. Como disse o médico Caio Buzzá, é bom se apressar, pois corre o risco, em terminando o Contrato de Gestão sem que haja uma solução, até mesmo o Pronto Socorro pode parar. 
Bom seria que ambos os lados deixassem suas armas e, desarmados, juntos, achassem uma solução que pudesse beneficiar a entidade. Enquanto não houver por parte do provedor Marcel Rofeal e do prefeito Chiquinho Campaner,  a consciência de o que  está em jogo é o futuro da Santa Casa de Ribeirão Bonito, não chegaremos a lugar nenhum. A hora é de menos discursos e mais soluções.

Em tempo: Quero confiar que chegaremos a uma solução antes do término do prazo de vencimento do Contrato de Gestão, em 8 de julho próximo;

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