quarta-feira, 12 de julho de 2017

Prefeitos estão agora autorizados a implantar seus diários eletrônicos

TCE/PI deu parecer favorável ao pleito apresentado pelos prefeitos municipais e pela Amarribo

Os prefeitos piauienses agora estão legalmente autorizados a implantar diários oficiais eletrônicos em seus municípios. Isto porque o Tribunal de Contas do Estado do Piauí, atendendo a um pedido de informações do ex-juiz Marlon Reis, através da Amarribo (Associação dos Amigos de Ribeirão Bonito) emitiu parecer sinalizando positivamente para que tal aconteça.

Atendeu também ao pleito apresentado pela APPM.

No começo da semana, o prefeito de São João do Piauí, Gil Carlos (PT), reuniu os dirigentes municipais em assembleia extraordinária e juntos eles decidiram que a medida seria interessante e necessária por ser mais econômico para as prefeituras e câmaras de vereadores. Hoje em dia os atos são publicados no Diário Oficial dos Municípios, empresa particular pertencente ao grupo “O Dia” de comunicação (leia-se empresário Valmir Miranda). A propósito, há cerca de dois anos que o jornal do grupo vem abrindo manchetes espetaculosas sobre uma tal de “máfia das licitações” do Maranhão que estaria por trás da tentativa de implantar este modelo com o objetivo de fraudar licitações. O ex-juiz Marlon Reis foi acusado de fazer parte da máfia.

O prefeito e presidente da APPM, Gil Carlos, também vem sendo duramente atacado nas páginas de “O Dia”. Há quem diga que estas manchetes atendem ao “princípio do interesse contrariado.” Sim ou não, somente “O Dia” publica tais manchetes e matérias.

Na quinta-feira da semana passada o assunto entrou em pauta junto ao pleno do TCE/PI. O relator Jackson Veras se manifestou pela admissibilidade. O conselheiro Luciano Nunes pediu vistas. Devolveu na quinta-feira recente anunciando voto a favor da proposta. “Voto com o relator”, ele disse. Logo a matéria foi apreciada e votada.

Nos próximos dias deve aparecer “chumbo grosso” contra os autores da proposta através do jornal de Valmir Miranda e seu sócio Marcos Igreja. Ambos estão indignados com o procedimento. Tudo porque, segundo Gil Carlos, a implantação do diário eletrônico representa uma economia anual de aproximadamente R$ 12 milhões.

Este jornalista vem tratando sobre o assunto desde 2013. Nas manifestações, tenho dito que o diário eletrônico, ou seja, na internet, ajuda a universalizar a informação. A pessoa pode acompanhar os procedimentos públicos em qualquer parte do mundo. Considere-se que a internet é uma janela para o mundo. Precisa agora apenas formar cidadãos interessados em acompanhar efetivamente os atos das prefeituras e governo do estado e, em caso de visualizar irregularidades, acionar a autoridade competente. Falta apenas isso. Mas só isso já é demais. Avante. (TR)

Nenhum comentário: