sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

PM atende a chamado e comparece à Prefeitura de Ribeirão Bonito

Por volta das 15h00, dois PMs compareceram à prefeitura de Ribeirão Bonito, acionados por funcionário. Ao chegarem ao local, o servidor público Alberto Ken Kawamura, foi quem conversou com os policiais e também quem teria assinado o boletim de ocorrência narrando os fatos aos PMs da Portaria de Processo Administrativo Disciplinar contra o procurador municipal Marcelo Hernandez Oprini, que já havia respondido em Sindicância Interna, formada por cinco funcionários, pela perda de prazos em processos jurídicos da prefeitura, onde o resultado final foi desfavorável ao procurador. Alberto Ken teria dito aos PMs que o procurador estava afastado de suas funções e que o funcionário deveria cumprir a portaria expedida.

 Chiquinho Campaner instaurou um Processo Administrativo Disciplinar, por meio de uma Portaria(nº 4359 de 5 de fevereiro).(Veja AQUI)

Em sua defesa, Marcelo já havia dito ao Blog do Ronco, que por várias vezes havia avisado o prefeito que a demanda de trabalho era maior que a capacidade de apenas um advogado acompanhar os processos da prefeitura. Por intermédio de ofício, Oprini solicitou ao prefeito Campaner a contratação de mais profissionais.(Ver AQUI)

O procurador disse ainda, que muitos documentos que foram anexados na Comissão de Sindicância, não mostravam a realidade dos fatos. Marcelo não entende como a comissão pôde concluir de forma negativa ao seu trabalho. Em nenhum momento Oprini nega que o município perdeu prazo em processos, porém sempre com a justificativa de que a demanda era grande. Segundo Oprini, não houve prejuízo financeiro ao erário. "Eu fiz o que estava ao meu alcance, trabalhei nos processos mais complicados. Eu fiquei praticamente a frente de tudo...de ações fiscais, da trabalhista, do contencioso administrativo, dos processos cíveis...fui fazendo o que estava ao meu alcance. Eu fiquei quase 40 dias sozinho', disse Marcelo Oprini, que se sente perseguido pelo prefeito, bem como a outros funcionários.

"A minha preocupação é responsabilizar o prefeito pelos atos que ele vem cometendo. Pelo caos que ele instalou no jurídico e responsabilizar pelos crimes, pelos atos de improbidade, pelos prejuízos que vem causando, pelas perseguições aos funcionários públicos, pelos mandos e desmandos, pelos atos de abusos de autoridade, por crimes, que tenho prova robusta, eu tenho prova comigo", disse Marcelo.

Marcelo Oprini se insurgiu contra a portaria do 5 de fevereiro, continuando com seus trabalhos na área jurídica da prefeitura.  Oprini, ao Blog do Ronco justificou sua permanência nas dependências da prefeitura, alegando que o Município não poderia ser prejudicado, uma vez que encontrava-se em férias o outro profissional da área e a cidade não poderia ficar sem um defensor jurídico.

Ontem, Marcelo chegou antes mesmo seu horário normal de trabalho, por volta das 12h00, e viu que a fechadura da porta de sua sala havia sido trocada, porém a mesma encontrava-se aberta. Às 13h30, uma nova notificação foi expedida pelo prefeito Chiquinho Campaner, confirmando o afastamento do servidor público Marcelo que recebeu a nova notificação e continuou no seu posto de trabalho. O procurador trabalhou normalmente até às 15h00, horário em que os PMs chegaram à prefeitura.  Os PMs conversaram com Marcelo que também teria se justificado de sua conduta aos militares, em não abandonar a área jurídica do município. Um pouco mais tarde, Marcelo disse ao Blog que seu acesso aos computadores da prefeitura havia sido desabilitado.
Foto: Ronco

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