Por volta das 15h00, dois PMs
compareceram à prefeitura de Ribeirão Bonito, acionados por funcionário. Ao
chegarem ao local, o servidor público Alberto Ken Kawamura, foi quem conversou
com os policiais e também quem teria assinado o boletim de ocorrência narrando
os fatos aos PMs da Portaria de Processo Administrativo Disciplinar contra o
procurador municipal Marcelo Hernandez Oprini, que já havia respondido em Sindicância
Interna, formada por cinco funcionários, pela perda de prazos em processos
jurídicos da prefeitura, onde o resultado final foi desfavorável ao procurador.
Alberto Ken teria dito aos PMs que o procurador estava afastado de suas funções
e que o funcionário deveria cumprir a portaria expedida.
Chiquinho Campaner instaurou um Processo
Administrativo Disciplinar, por meio de uma Portaria(nº 4359 de 5 de
fevereiro).(Veja AQUI)
Em sua defesa, Marcelo já havia
dito ao Blog do Ronco, que por várias vezes havia avisado o prefeito que a demanda de
trabalho era maior que a capacidade de apenas um advogado acompanhar os
processos da prefeitura. Por intermédio de ofício, Oprini solicitou ao prefeito
Campaner a contratação de mais profissionais.(Ver AQUI).
O procurador disse
ainda, que muitos documentos que foram anexados na Comissão de Sindicância, não
mostravam a realidade dos fatos. Marcelo não entende como a comissão pôde
concluir de forma negativa ao seu trabalho. Em nenhum momento Oprini nega que o
município perdeu prazo em processos, porém sempre com a justificativa de que a
demanda era grande. Segundo Oprini, não houve prejuízo financeiro ao erário.
"Eu fiz o que estava ao meu alcance, trabalhei nos processos mais
complicados. Eu fiquei praticamente a frente de tudo...de ações fiscais, da
trabalhista, do contencioso administrativo, dos processos cíveis...fui fazendo
o que estava ao meu alcance. Eu fiquei quase 40 dias sozinho', disse Marcelo Oprini, que se sente perseguido pelo prefeito, bem como a outros funcionários.
"A minha preocupação é responsabilizar o prefeito pelos atos que ele vem cometendo. Pelo caos que ele instalou no jurídico e responsabilizar pelos crimes, pelos atos de improbidade, pelos prejuízos que vem causando, pelas perseguições aos funcionários públicos, pelos mandos e desmandos, pelos atos de abusos de autoridade, por crimes, que tenho prova robusta, eu tenho prova comigo", disse Marcelo.
Marcelo Oprini se insurgiu contra
a portaria do 5 de fevereiro, continuando com seus trabalhos na área jurídica
da prefeitura. Oprini, ao Blog do Ronco
justificou sua permanência nas dependências da prefeitura, alegando que o
Município não poderia ser prejudicado, uma vez que encontrava-se em férias o
outro profissional da área e a cidade não poderia ficar sem um defensor
jurídico.
Ontem, Marcelo chegou antes mesmo seu horário normal de trabalho, por volta das 12h00, e viu que a fechadura da porta de sua sala havia sido trocada, porém a mesma encontrava-se aberta. Às 13h30, uma nova notificação foi expedida pelo prefeito Chiquinho Campaner, confirmando o afastamento do servidor público Marcelo que recebeu a nova notificação e continuou no seu posto de trabalho. O procurador trabalhou normalmente até às 15h00, horário em que os PMs chegaram à prefeitura. Os PMs conversaram com Marcelo que também teria se justificado de sua conduta aos militares, em não abandonar a área jurídica do município. Um pouco mais tarde, Marcelo disse ao Blog que seu acesso aos computadores da prefeitura havia sido desabilitado.
Foto: Ronco
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